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Expressões do ser

Edição 09

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Revista ASSEAMA

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Revista Espírita na Atualidade

Onde houver dúvida que eu leve a fé. Francisco, o “Poverello” de Assis, já pedia para levar a fé, enquanto nós ainda perguntamos: o que é a fé? 

Etimologicamente, a palavra fé tem origem no grego “pistia” que conduz a uma noção de acreditar e no latim “fides“, que se relaciona com fidelidade, como nos mostra os dicionários. 

A fé pode ser empregada no sentido religioso, o mais comum, e mundano, como crer em suas próprias forças. A fé pode ser cega, que crê sem questionar, ou raciocinada quando sabemos a razão pela qual acreditamos. Na Revista Espírita, de agosto de 1865, a fé foi tratada em inúmeras oportunidades, mas existem duas abordagens poéticas e que exemplificam a profundidade e a delicadeza desse sentimento. 

A primeira, após traçar uma linha do tempo da fé no coração do homem, conclui atando definitivamente duas referências, por assim dizer, ao concluir que “A fé e a razão – fazem-nos marchar à sua frente, a fim de que, reunidos, seus dois clarões os impeçam de se perderem uma segunda vez. Elas fazem assentar a fé sobre as bases sólidas da razão, ela própria ajudada pela inspiração”.

Na segunda mensagem, a fé dialoga com os homens, descrevendo a sua natureza, conforme o trecho extraído: “Reconhecem-me por meus atos: ilumino as inteligências, aqueço e fortaleço os corações; afasto para longe de vós as influências enganosas e vos conduzo a Deus pela perfeição do espírito e do coração. Vinde abrigar-vos sob a minha bandeira; sou poderosa e forte”. 

Jesus, em Seu caminho pelo planeta, exortou a fé. Nos tempos imemoráveis nos disse que ela é pequena com um grão de mostarda, mas que pode transportar montanhas; é aquela que permitiu as curas milagrosas, pois disse “a tua fé te curou”; e o impulsionou a estar entre nós, confiando na sua missão de esclarecimento e amor.

É a fé que, na busca de aperfeiçoamento, permite as eternas auroras de nossas existências e nos apresenta suas duas queridas irmãs, a esperança e a caridade, das quais nunca se separa, nos encorajando a abrir espaço para elas em nossas vidas, brindando nosso espírito com a brisa da felicidade do filho muito amado e daquele que já não abriga qualquer dúvida de seu destino.