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Ilusão do orgulho e da vaidade

Revista ASSEAMA

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Edição 02

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O mundo em transição

Em seu processo evolutivo, o homem cai, através dos tempos, no abismo do orgulho e do egoísmo. Nos dias atuais, com o desenvolvimento crescente da ciência e da tecnologia, usa os recursos conquistados para estimular essas chagas contra o bem mais precioso dado por Deus: seu corpo físico. Com isso, arrasta consigo mais débitos, além de acumular problemas morais, psicológicos e emocionais.

Entre os tantos recursos, estão os que exacerbam a vaidade e incitam a procura cada vez mais cedo pela beleza exterior, o corpo perfeito e a juventude eterna. Esquece que a ação do tempo é necessária para a construção de condutas e aprendizados durante a encarnação.

Vemos que a mídia e as redes sociais são dois dos maiores influenciadores, colocando modelos de perfeição que não existem e que ultrapassam os limites da estética e da saúde. Assim, jovens antes dos 18 anos, já estão manipulando suas faces e corpos com cirurgias e tratamentos estéticos antes do desenvolvimento físico completo. Transtornos alimentares, como
a bulimia e a anorexia, além dos inúmeros casos de depressão, surgem. 

A influência da estética, estimulando a vaidade, mostra o problema da autoestima e da aceitação de si mesmo. Nesse contexto, poucos se lembram do verdadeiro sentido de estarmos aqui, dos valores morais e de se encontrar com Deus. O homem encontra-se preso à matéria, esquecendo que a verdadeira vida é a espiritual. Despreza o veículo que lhe foi concedido para aprendizado e o submete aos abusos.

Já é hora de cultivar a beleza interior, cuidar do corpo e amá-lo em todos os sentidos. Aprendermos e ensinarmos aos nossos filhos que a vida material é importante para crescermos, agindo de acordo com as leis de Deus, mas que a única beleza que importa é a do espírito. Não há duvidas de que o avanço da ciência pode propiciar ao homem condições de tratamento, que vão amenizar as expiações

Do mais alto, não faltam as inspirações divinas a fim de que a ciência possa deliberar pelos caminhos designados pelo Senhor. Não nos cabe desviar esses recursos exclusivamente para o estímulo da vaidade, esquecidos da evolução. 

O corpo é precioso recurso divino para que o espírito que o habita alcance novos patamares de consciência e também se liberte dos débitos do passado, como nos mostra André Luiz, no livro “Conduta Espírita: 

“O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo espírito trazido à carne. Por motivo algum, deve-se desprezar o vaso corpóreo de que dispõe,  por mais torturado que ele seja. Na Terra, cada espírito recebe o corpo de que precisa”