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Laços de afeto entre as espécies

Edição 08

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Revista ASSEAMA

Na zona rural do município de Faina, no interior de Goiás, uma cachorra deu à luz dois cachorrinhos. Na semana seguinte, oito leitõezinhos perderam a mamãe porca na mesma casa. 

Mesmo Pantera, a mãe canina sendo brava, seus tutores resolveram aproximar os bebês porcos dos bebês cães para ver a reação dela. E, para felicidade geral, o “instinto materno de Pantera falou mais alto”, como contou Angelina, a sua mãe humana.

O bugio Joca foi adotado pela pitbull Mickaela que, durante muito tempo, o carregou e amamentou, na cidade de Franca, interior de São Paulo. 

A cachorra dálmata de nome Riqueza adotou um carneiro e um leitão ao mesmo tempo, na cidade de Meridiano, também no interior de São Paulo.

E a cachorrinha Pretinha adotou cinco gambás, que ficaram órfãos, em Seropédica, no interior do Rio de Janeiro.

Se no Brasil já são tantas histórias que nos surpreendem, é bom saber que elas se repetem mundo afora. Tanto que a escritora americana Lisa Rogak decidiu registrar algumas que coletou pelo mundo no livro “One big happy family: heartwarming stories of animals caring for one another”, disponível apenas em inglês, por enquanto.

Sempre ficamos encantados diante das manifestações de amor e empatia entre os animais. Quando isso acontece entre espécies diferentes, sentimos um encantamento ainda maior.

“O Livro dos Espíritos” nos fala que o amor materno é um sentimento comum aos homens e aos animais (questão 890) e ainda fala, na questão 607, que os sentimentos e emoções se iniciam na fase de animalidade.

No capítulo sobre os animais, o livro “Emmanuel” nos diz: “…sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo evolutivo. São eles os nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em não reconhecer…” 

Discorre sobre os que duvidam que haja um raio de luz divina nos animais, comparando com as perversidades humanas e conclui: “…muitas vezes, as faculdades imperfeitas dos irracionais agiriam com maior benignidade e clemência, dando testemunho de melhor conhecimento das leis de amor que regem o mecanismo do mundo.”