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Repetição e automatização

Revista ASSEAMA

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Edição 04

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O Espírito evolui

Para continuar nosso estudo sobre a evolução do espírito, é preciso fazer um paralelo para um entendimento mais acertado sobre como desenvolvemos o conhecimento e de que maneira o absorvemos para que se torne sabedoria efetiva. 

Quando vemos uma criança estudar o alfabeto, por exemplo, ela primeiro aprende as letras e repete, repete, repete muitas vezes até que o entendimento do alfabeto se torne automático. Depois, com as letras, a criança começa a fazer palavras e repete tantas e tantas vezes que fazer palavras se torna automático. Daí, se aprofunda e começa a fazer frases e, seguindo o mesmo caminho, parágrafos. Será capaz de escrever redações, textos e até livros. 

Todo o processo de aprendizagem que nós temos ao longo da vida se dá por repetição. É assim que aprendemos a ler; depois, a escrever, andar de bicicleta, a dirigir, aprender a tabuada, fazer contas etc. É assim também que um médico aprende na faculdade de Medicina a fazer diagnósticos.

O engenheiro aprende a fazer cálculos e compreende a complexidade de projetar um prédio. Dessa forma, o aprendizado se faz ao longo da nossa vida independentemente do que estejamos aprendendo. Aprendemos por repetição. Repetimos, repetimos e repetimos tantas vezes que o aprendizado se torna automático. 

Da mesma forma, André Luiz no livro “Evolução em Dois Mundos”, descreve como se dá o aprendizado do espírito. O processo de evolução baseia-se na experiência e na repetição. Tantas vezes repete o espírito aquele processo de aprendizagem que ele se torna automático. O autor conta que é um processo fascinante. Tudo que hoje consideramos instinto, inclusive o controle do nosso próprio corpo, em determinado momento do processo de evolução, foi repetido tantas vezes até que se automatizou e se tornou instinto. Logo, hoje é automático. 

Esse é um processo imprescindível para gravarmos porque não só nos faz compreender todo o processo de desenvolvimento da evolução até o momento em que nos encontramos – espíritos em fase de humanidade – como nos faz entender também o desenvolvimento das virtudes que precisamos ter daqui para a frente para a conquista da plenitude. Por exemplo, aprenderemos a perdoar por repetição: perdoando várias, várias e várias vezes qualquer que seja a ofensa. 

Da mesma maneira automatizaremos outras virtudes, como o amor ao próximo, a devoção a Deus, a fé, a caridade, a indulgência, a benevolência, a virtude da esperança. Ao trazermos essa realidade para dentro de nosso coração, entenderemos a importância da persistência da fé e da coragem de assumirmos nosso próprio processo evolutivo.