Revista ASSEAMA
>
Edição 05
>
O mundo em transição
Somos quase 8 bilhões de pessoas no mundo e esse número será maior quando você estiver lendo este texto. Quantos recursos naturais são consumidos diariamente por toda essa população?
Quanto é produzido de lixo orgânico, esgoto, produtos descartados não degradáveis que consumimos indiscriminadamente sem pensar no que acontece com tudo isso depois que sai de nossas casas ou mãos?
Quanto maior a população, maior o consumo e a degradação do planeta. E menos tempo para Terra entrar em colapso, o que já vem acontecendo a cada dia. O consumismo desenfreado e sem consciência aumenta, inacreditavelmente, a quantidade de resíduos descartados em locais que já não suportam mais esses detritos, sufocando a vida existente ali. Tudo que causamos retorna como consequência para nós mesmos.
Esquecemos que toda ação tem uma reação. A Gênese diz: “Assim, tudo no universo se liga, tudo se encadeia, tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade”. Se agimos contra qualquer obra de Deus, agimos contra nós mesmos e é nossa responsabilidade como espíritos cuidar do planeta que habitamos, pois ele nos foi concedido para nossa evolução através da observação das Leis Morais. Seu desrespeito gera consequências e estamos vivenciando cada uma delas dia após dia.
O Livro dos Espíritos, na questão 784, explica: “Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos?”. E a resposta: “Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas.”
Hoje, muitos se importam com o que está acontecendo, sentindo a necessidade do bem e de se reformar. Há o despertar da consciência individual crescendo para vivenciar a vida espiritual mais do que a material. Destruir o materialismo que nos cerca, a chaga da sociedade, fará com que compreendamos onde está o que realmente importa. Pede a Regeneração que esses interesses sejam os que Jesus nos ensinou: amor e caridade.
É imprescindível que tomemos a responsabilidade de mudar nossa relação com o planeta e a nossa forma de consumir, levando em consideração a vida do espírito. E, na vida material, garantir os recursos necessários para o desenvolvimento espiritual. Se cada um aprender essa lição, o planeta sobreviverá a todo esse processo e teremos uma sociedade mais feliz e fraterna, nos campos do amor ao próximo.