Revista ASSEAMA
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Edição 03
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História dos Discípulos
Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: ‘Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E saindo dali, chorou amargamente’.” (Mateus, 26:75)
Reunido com Seus discípulos, nas horas que antecederam seu calvário, Jesus diz ao pequeno grupo: “Ainda esta noite todos vocês me abandonarão”. Pedro responde a Jesus: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei”. Ao que o Mestre respondeu: “Asseguro que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará”. Pedro declarou: “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. E todos os discípulos disseram o mesmo.
Na hora em que Jesus foi preso, Pedro atacou um dos soldados com sua espada, mas foi repreendido por Jesus que, com humildade, se deixou conduzir. Então, o discípulo segue para a residência de Caifás, mas começou a ser invadido pelo medo. Já dentro do pátio, uma das servas o reconhece como um dos discípulos do Cristo. Pedro nega. E, apesar desse primeiro não, ainda acreditava que poderia ajudar o Mestre.
Várias pessoas procuravam se aquecer perto do fogo e Pedro se juntou ao grupo. Foi reconhecido uma vez mais e questionado se estava ali para salvar seu Mestre. Ele nega dizendo que nunca fora discípulo de Jesus.
É noite mais avançada quando um dos servidores do sumo sacerdote oferece vinho aos homens que estavam no pátio. Ele também reconhece Pedro, como sendo o homem que desembainhou a espada contra os soldados no momento da prisão do Cristo.
Mais uma vez, nega que seja um dos discípulos e um galo canta, anunciando a alvorada. Neste instante, ele se recorda das palavras do Mestre e, com o coração angustiado, volta o olhar para a cela em que Jesus estava preso e vê Seu semblante sereno, contemplando-o pelas grades.
Arrependido e envergonhado, o discípulo se retira do pátio e já na rua chora copiosamente, desejando ajoelhar-se aos pés do Mestre e implorar o Seu perdão. Neste momento, foi contemplado com a imagem de Jesus, que vinha em sua direção em espírito, com seu sorriso sereno. Pedro lhe diz: “Perdoai-me Senhor” e nada mais viu. Lembrou-se das palavras Dele quando dizia: “Pedro, o homem do mundo é mais frágil do que perverso.”
Vamos pensar agora em nós mesmos. Será que já não negamos o Cristo com nossas atitudes sem nos darmos conta disso? Ao ridicularizarmos uma pessoa em uma roda de conversa porque segue os ensinamentos do Mestre, ao ignorarmos o pedido de auxílio de um irmão que nos procura em um momento de aflição, ao escolhermos conscientemente caminhos escusos,
de várias formas em nosso cotidiano podemos dizer não ao Cristo.
Não temos condições morais de julgar Pedro, pois ele foi sempre um homem íntegro e dedicado ao Messias. Cabe-nos, ao contrário, aprender com ele, que se levantou de sua aflição e foi fiel a Jesus desde então.