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Ensinamentos do bom samaritano

Revista ASSEAMA

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Edição 05

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O Evangelho Segundo o Espiritismo

Ao estudar o Evangelho Segundo o Espiritismo, nos deparamos com inúmeras denominações de povos que viveram na época em que Jesus esteve encarnado, como os fariseus, os saduceus, os essênios, os samaritanos e os publicanos, entre outros.

Para entendermos melhor as citações do Cristo, os Seus exemplos, Suas explicações  e as respostas que Ele trouxe, é essencial compreender cada um desses povos e o papel que tinham naquela época. 

Dessa maneira, poderemos entrar na essência profunda dessas lições, entender suas respostas íntimas e mesmo trazê-las para o nosso cotidiano. 

O Evangelho Segundo o Espiritismo, com as diretrizes que Jesus nos deixou, é atemporal, tal qual a própria vivência do Cristo, Suas histórias e aquilo que os discípulos nos descreveram. Os exemplos deixados por Ele ultrapassam os tempos.

O Mestre é o maior educador que a Terra já teve. Sua diretriz é definitivamente um tratado profundo de psicologia, uma verdadeira revolução da consciência humana e o caminho para a felicidade. 
E Jesus, não há dúvida alguma, conforme nos dizem numerosos estudiosos, é o maior psicólogo que já existiu. Encontra-se o Mestre na categoria divina de maior educador, de maior psicólogo mas também do mais profundo exemplo de amor e humildade que a Terra já recebeu.

Conheceremos esse revolucionário Espírito — Arcanjo governador do planeta Terra —, a partir das explicações de Kardec,  que inicia o contexto histórico dentro da introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo. 

Na introdução, Kardec denomina cada um dos povos que veríamos descritos depois, ao longo de todas as orientações que os espíritos nos deixaram, contando a história da passagem do Cristo entre nós.
E o primeiro povo que vamos conhecer é o samaritano, assim denominado
porque vivia em Samaria. 

Os samaritanos eram muito malvistos pelos judeus, que os entendiam como “judeus mestiços”, não praticantes profundos das escrituras judaicas. 

Traziam para si apenas o Pentateuco de Moisés. No entanto, em determinada fase histórica, houve a invasão de Samaria por outros povos e parte dos samaritanos se tornou pagã, tal qual muitos desses judeus se envolvendo com esses povos deixaram de ser — ao olhar dos judeus radicais e ortodoxos — puros. 

Jesus nos deixou uma profunda lição ao nos falar da Parábola do Bom Samaritano. Neste ensinamento, não temos apenas a lição do verdadeiro amor ao próximo, mas também a compreensão de que a essência
do amor, da evolução, da caridade e do reino de Deus não está em nossas crenças, no corpo físico, na raça à qual pertencemos, mas está no coração. 

Está no quanto o espírito é capaz de trilhar as lições de amor que Jesus nos deixou e que estão contidas nos dez mandamentos deixados por Moisés. 

Jesus traz, através dessa parábola, uma profunda lição que rompe todos
os preconceitos da época, com todos os olhares visando a vida da matéria,
visando a cor, a raça. 

E como esse ensinamento é atemporal, rompe também aos nossos olhos a maneira como nós vivemos, a falta de integração entre os povos, a falta de entendimento do verdadeiro amor e da fraternidade universal, como a Doutrina Espírita nos ensina.
Somos todos uma única família no universo, irmãos criados por um único Pai, que é Deus.