Edição 09
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O mundo em transição
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Revista ASSEAMA
“Nós colhemos o que plantamos”, “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “sementes boas dão bons frutos e as más dão maus frutos”. Essas são frases já ouvidas, com certeza. Se analisarmos a nossa vida, podemos nos perguntar: “qual será a minha plantação?”; “será uma boa colheita que terei?” ou “quais sementes usei?”.
É difícil saber o que plantar e como fazê-lo, no dia a dia. Mas é fácil saber se foi uma semente boa ou má que plantamos e sabemos disso através do resultado da colheita.
Uma palavra equivocada, um sentimento negativo ou um pensamento maldoso são más sementes lançadas na terra fértil, que produzirão o efeito danoso ao corpo e ao espírito. Assim como uma palavra amiga, um gesto afetuoso e um pensamento de gratidão gerarão frutos doces e benditos em nós.
A plantação e a colheita podem ser individuais ou coletivas. Em tempos de transição, quando vivemos tantos problemas relativos ao meio ambiente, tantos chamados por parte das comunidades científicas a fim de que observemos nossas ações diante dos animais e de toda a natureza, não podemos deixar de voltar nossos olhos para as diretrizes espíritas, que acima da preocupação científica da própria sobrevivência humana na Terra, nos revela a imortalidade da alma e o trânsito do espírito pelos diversos reinos.
Sob o olhar das leis divinas, os equívocos cometidos com toda a natureza e, particularmente, com os animais, que sabemos, são nossos irmãos mais jovens, incorrem diretamente sob a lei de ação e reação. Vale, atualizando o pensamento e os sentimentos, observar as orientações de André Luiz pelas iluminadas mãos de Chico Xavier no livro “Missionários da Luz”:
“…Atrever-nos-íamos a declarar, porventura, que fomos bons para os seres que nos eram inferiores? Não lhes devastávamos a vida, personificando diabólicas figuras em seus caminhos?…Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusarmos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”
Para que a colheita seja bendita para todos, necessitamos urgentemente entender que somos irmãos em evolução, abrindo nossa consciência para a responsabilidade coletiva.
Assim é a lei de Deus a nos auxiliar no progresso moral e intelectual, mostrando que só o bem é capaz de nos elevar e elevar o planeta ao patamar por Ele determinado.